People Pleasing: o que está por detrás deste padrão tão comum
Ser prestável , disponível e cooperante são qualidades valiosas. Mas quando dizer “sim” se torna automático (mesmo à custa do próprio bem-estar) podemos estar perante um padrão de people pleasing: a tendência para agradar aos outros para evitar conflitos, rejeição ou sentimentos de culpa.
O que costuma estar na origem deste padrão:
Necessidade de aprovação externa
Quem cresceu a sentir que precisava de corresponder para ser aceite pode ter desenvolvido a ideia de que o seu valor depende da validação dos outros. O “agradar” transforma-se numa forma de garantir pertença.
Medo de conflito ou rejeição
Para muitas pessoas, o desconforto de dizer “não” parece maior do que o desgaste de dizer “sim”. Evitar tensão torna-se uma prioridade, mesmo que isso implique ultrapassar limites pessoais.
Autoestima fragilizada
A dificuldade em reconhecer necessidades próprias, ou a sensação de que “não tenho o direito de incomodar”, contribui para escolhas que favorecem os outros e negligenciam o próprio bem-estar.
Padrões aprendidos na infância
Ambientes imprevisíveis, exigentes ou emocionalmente críticos podem levar a criança a ajustar-se para manter a harmonia. Na vida adulta, este padrão persiste mesmo quando já não é necessário.
Confusão entre empatia e sacrifício
Empatia não significa abdicar de si. Mas quem tende ao people pleasing pode sentir que só está a ser “boa pessoa” se estiver sempre disponível, mesmo que isso a esgote.
Por trás do people pleasing não está a vontade de agradar: está a vontade profunda de ser aceite.
E é precisamente quando começamos a reconhecer esta história silenciosa que se abre espaço para uma relação mais verdadeira com os outros… e, sobretudo, connosco.