O silêncio numa relação pode ser a voz da distância que já não se quer esconder.

Há silêncios que confortam e há silêncios que ferem. O silêncio numa relação pode ser feito de descanso… ou de desistência.

Quando deixamos de dizer o que sentimos, deixamos também de convidar o outro para a nossa verdade. E quando isso acontece durante demasiado tempo, o silêncio deixa de ser pausa e passa a ser distância.

A dois, é possível calar muito, sem nunca resolver nada.
Cala-se para evitar confronto, para proteger o outro e por medo de perder. Mas, no fim, muitas vezes perde-se na mesma, só que mais devagar.

O silêncio instala-se quando já não se acredita que vale a pena falar.
Quando tudo parece gerar defensiva, julgamento ou indiferença.
Quando a escuta deixou de ser abrigo e passou a ser uma parede.

E é aí que o silêncio se transforma em sinal: um sinal de que há um espaço entre os dois que ninguém está a atravessar.

Às vezes, manter o silêncio é mais doloroso do que enfrentar a verdade.
Mas também é mais seguro.
Porque falar implica risco.
Implica mostrar vulnerabilidade.
Implica dar nome àquilo que pode mudar tudo.

Talvez o silêncio já esteja a dizer o que os dois evitam dizer em voz alta. E talvez, escutá-lo com honestidade, seja o primeiro passo para voltar a encontrar-se - ou para compreender que o caminho já é outro.

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